quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O Verdadeiro Conhecimento é procurar saber o que é



         O Verdadeiro Conhecimento é  muito além de entender, é imaginar e sentir... 
         Um filósofo tenta entender algo que é eterno e imutável. Teria pouco sentido, por exemplo, escrever todo um tratado de filosofia sobre a existência de determinada bolha de sabão. Em primeiro lugar, porque se teria pouca chance de examiná-la cuidadosamente antes que ela desaparecesse. Em segundo, porque dificilmente se conseguiria vender um tratado filosófico sobre algo que ninguém viu e que existiu por apenas alguns segundos.

       Platão achava que tudo o que vemos ao nosso redor na natureza, tudo o que podemos tocar pode ser comparado a uma bolha de sabão. Pois nada do que existe no mundo dos sentidos é duradouro, podemos citar, por exemplo, a Acrópole, que infelizmente hoje, não passa de ruínas. Platão é da opinião de que nunca podemos chegar a conhecer verdadeiramente algo que se transforma. Sobre as coisas do mundo dos sentidos, coisas tangíveis, portanto, não podemos ter senão opiniões incertas. E só podemos chegar a ter um conhecimento seguro daquilo que reconhecemos com a razão.
      A razão é quem julga, e de certa, o extremo oposto de achar e sentir. Podemos dizer que a razão é eterna e universal, justamente porque ele só se manifesta sobre dados que são eternos e universais.
        Platão interessou-se muito pela matemática, exatamente porque os dados matemáticos nunca se alteram. Por isso podemos chegar a um conhecimento seguro no que diz respeito à matemática. Mas vamos dar um exemplo: imagine que você encontre na floresta uma pinha redonda. Talvez se diga que “acha” a pinha perfeitamente redonda, mas pode ser que outra pessoa afirme que a pinha está amassada de um lado.  Só que não pode ser possível chegar a um conhecimento seguro sobre aquilo que vêem com os olhos. Por outro lado, sabe-se  que a soma dos ângulos de um círculo ideal, que não existe na natureza, mas que vocês conseguem visualizar perfeitamente com os “olhos de dentro”.  Em que não podemos ter opiniões incertas sobre tudo o que sentimos ou percebemos sensorialmente. Mas podemos chegar a um conhecimento seguro sobre aquilo que reconhecemos com nossa razão. A soma dos ângulos de um triângulo é 180º. E será assim por toda a eternidade. Da mesma forma, a “ideia” de que um cavalo terá sempre quatro patas continuará válida, ainda que todos os cavalos do mundo dos sentidos fiquem mancos de um perna.




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