Resumindo em poucas palavras, Platão interessava-se pela relação entre aquilo que, de um lado, é eterno e imutável, e aquilo que, de outro, “flui” de acordo com idéias pré-socráticas (Primeiramente, os pré-socráticos, também chamados naturalistas ou filósofos da physis natureza - entendendo-se este termo não em seu sentido corriqueiro, mas como realidade primeira, originária e fundamental, ou o que é primário, fundamental e persistente, em oposição ao que é secundário, derivado e transitório, tinham como escopo especulativo o problema cosmológico, ou cosmo-ontológico, e buscavam o princípio das coisas).
Podemos afirmar que os Sofistas e o próprio Sócrates haviam se afastado das questões da filosofia natural e se interessado mais pelo homem e pela sociedade. E isto está absolutamente certo. Mas também Sócrates e os sofistas ocupavam-se de certa forma com a relação entre aquilo que, de um lado, é eterno e imutável, e arquivo que, de outro, “flui”. E tocavam neste ponto quando se tratava da moral do homem e dos ideais ou virtudes da sociedade. De modo muito geral, os sofistas achavam que a questão sobre o que era certo ou errado modificava-se de Cidade-Estado para Cidade-Estado e de geração para geração. Para eles, portanto, essa questão de certo errado era “ algo que fluía”. Sócrates não podia aceitar isto. Ele acreditava em regras ou normas eternas, que governavam o agir dos homens. Se usarmos apenas a nossa razão, dizia Platão, poderemos reconhecer algo eterno e imutável.
Seu interesse pelo eterno e imutável na natureza e pelo que é eterno e imutável na moral e na sociedade. Para Platão tratava-se, em ambos os casos, de uma mesma coisa. Ele tentava entender uma “realidade” que fosse eterna e imutável. E que por finalidade realça os fundamentos da existência dos filósofos. Eles não estão preocupados em eleger a mulher mais bonita do ano, ou os tomates mais baratos do fim de feira. O que faz com que muitos filósofos não serem visto com bons olhos, não há interesse por essas coisas efêmeras e cotidianas. Onde o maior interesse dos filósofos e mostrar o que é “eternamente verdadeiro”, “eternamente belo” e o “eternamente bom”.
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